A profissionalização das
entidades sociais deve ser entendida em múltiplas dimensões:aprimoramento da
qualidade dos seus programas de atendimento; maior capacidade de buscar parcerias
e recursos para promover a sua sustentabilidade; aprimoramento de sua
competência administrativa e de sua estrutura organizacional.
A profissionalização do
terceiro setor é um tema fundamental para que a gestão das organizações, a
intervenção dos profissionais que nele atuam e o desenvolvimento dos projetos
institucionais venham a se constituir em um diferencial de qualidade. Muito se tem
tratado sobre um dos maiores desafios das organizações do terceiro setor no Brasil que é a sua sustentabilidade a
médio e longo prazo.
Na busca da almejada
independência econômica há uma visível tentativa de profissionalização da
gestão das organizações sem fins lucrativos, que impõe à sociedade civil um
leque com opções de modelos, técnicas e instrumentos gerenciais trazidos às
vezes adaptados do mercado e do Estado. Há um maior investimento (financeiro,
temporal, material e humano) na captação do que na consecução do trabalho
social da instituição.Como alternativa para o problema da sustentabilidade há
organizações buscando garantir sua sustentabilidade financeira por meio da
comercialização de produtos muitas vezes fabricados pelos próprios
beneficiários ou por seus voluntários.
Na tentativa de vencer este
desafio, as organizações sem fins lucrativos têm buscado, ao longo dos últimos
anos, alternativas de geração de renda, de diversificação de fontes de recursos
e de desenvolvimento de novos produtos e serviços. A sociedade brasileira vive
um momento de mudanças e rearticulações nos papéis que o Estado, a iniciativa
privada e a sociedade civil organizada desempenham no desenvolvimento social.
As empresas privadas vêm demonstrando um crescente interesse pela participação
mais ativa e responsável na área social. Pesquisas realizadas mostram um avanço
na consciência social do empresariado e revelam o crescimento das iniciativas
de utilização dos talentos, competências e tecnologias das empresas para a
solução de problemas sociais.
Por seu turno, o terceiro
setor brasileiro está em crescimento e seus múltiplos significados epotenciais
vão sendo descobertos por cidadãos e organizações em busca de uma
participaçãosocial mais efetiva. As ONGs e entidades assistenciais estão sendo
valorizadas hoje como organizações portadoras de valores fundamentais para a
sociedade, passando a receber atenção crescente dos setores público e privado.
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